"Eu sou cobra criada
E tenho muito veneno
Sou neto da madrugada
E afilhado do sereno
Quero respeito comigo
Que eu sou bom amigo mas brigo à toa
É só nao errar, malandragem
Que tu fica numa boa
Minha mulata não é viola
Pra vagabundo tocar
Nem tampouco é microfone
Pra amigo da madruga conversar
Eu sou cobra criada
E tenho muito veneno
Sou neto da madrugada
E afilhado do sereno
Vagabundo é igual o capim
Que nasce em qualquer lugar
Eu cheguei, estou chegando
Vim aqui pra capinar
É, mas ali moram uns malandros
Que precisam apanhar
Parece cachorro com gato
Toda hora quer brigar
Eu sou cobra criada
E tenho muito veneno
Sou neto da madrugada
E afilhado do sereno"
Do saudoso e sábio Bezerra da Silva
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