sábado, 10 de maio de 2008

Anjos

Picasso

Ai, com que doçura que elas foram chegando! Vieram como uma legião, uma turba, e eu, carente de momento, nem sabia que tinha tantos seres à minha volta...

Chegavam como cândidas asas angelicais dando conforto, palavras doces, olhares meigos, abraços cálidos...

Às vezes vinham aos pares, tais como asas de borboletas, adentrando pela porta principal, trazendo doçura, apoio, palavras amigas, doces apertos de mão e lenços invisíveis enxugando as minhas lágrimas.

Que seria eu sem esses anjos? Que valor eles têm e que só se revelam na nossa hora de aperto, de dor, de sufoco, de tristeza, de dor mais funda...?

Há aqueles outros anjos que não puderam me afagar com suas presenças, mas de longe me acariciaram, me mandando boas emanações, palavras de coragem, beijos cibernéticos.

Outros de mãos mágicas me curaram, me acariciaram, outros serviram vinho, fizeram jantinha, me cobriram pra melhor dormir...

Alguns estavam tão distantes... meses sem contato, sem tempo, o trabalho, a correria, a vida agitada de cidade grande, tudo afasta, mas bastou a dor e eles chegaram, sem nem pedir licença...foram chegando e se fazendo presentes.

Ah, meus anjos, minhas amigas, quando eu estiver bem longe daqui, noutro plano, ou neste, quem sabe, estarei ali, pertinho de vocês... fazendo o mesmo !

Um comentário:

Sandra Bacchi disse...

Simplesmente maravilhosa!!! Tenho muito orgulho de fazer parte deste "rol" tão especial, adoro-te eternamente poetiza...